.

.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Filme nº 57: O Homem do Futuro

Hoje eu estava observando minha pasta de filmes e pensando quais deveriam ser as minhas próximas escolhas quando de repente me dei conta de uma falta gravíssima que eu estava cometendo: ONDE DIABOS ESTÃO OS FILMES BRASILEIROS?? Pois é, eu inconscientemente passei 33 dias ignorando completamente o cinema nacional desde que assisti Estômago. A intenção agora é evitar hiatos tão longos quanto esses, e eu conto com as sugestões de quem quer que esteja acompanhando isso aqui. Hoje baixei cinco filmes brasileiros (contando com esse) que me vieram à memória mais rapidamente e que pretendo ver num intervalo de tempo razoável. Introduzindo o Brasil ao blog de forma não muito pomposa, hoje assisti O Homem do Futuro.

Legião Urbana nãããããããão!
O Homem do Futuro conta a estória de Zero (que apesar de ser o nome oficial do personagem, é pouquíssimo usado durante o filme), um cientista incapaz de viver sua vida plenamente por conta dos acontecimentos que o prendem ao passado. Criador de um ambicioso projeto científico que está prestes a perder, ele decide burlar todos os impedimentos legais para provar que seu trabalho irá gerar bons resultados. Ele só não esperava que sua criação o fizesse voltar no tempo, exatamente no dia mais crucial da sua vida, quando ele se tornou uma pessoa amargurada e arrogante. Percebendo a oportunidade, ele decide intervir no curso da História e tentar mudar sua vida para melhor, sem desconfiar que o futuro alternativo que ele oferece a si mesmo possa ser mais trágico do que o de sua vida original.
Sendo o segundo filme de viagens no tempo que assisto num curto espaço de tempo, acho que eu não preciso repetir as coisas que eu aprecio no gênero. A ambientação do ano de 1991 até que foi muito bem feita, ainda que o enredo tenha evitado se colocar em situações que exigissem um cenário muito distinto dos dias de hoje. Já no que tange à coerência temporal, O Homem do Futuro se arrisca muitíssimo mais, chegando a colocar três Wagners Mouras de épocas diferentes na mesma cena, lutando entre si (!!!). Eu francamente não tenho falhas bizonhas para apontar, mas é fato que o enredo dá uma trapaceadinha em determinados momentos, forçando uma ou duas situações.
No mais, a premissa do filme é bastante interessante, propondo-se a encaixar romance em ficção científica, algo não muito comum no cinema brasileiro. Mas premissa não é tudo, visto que o filme de vez em quando se perde no meio dela, nos jogando algumas interpretações mais ou menos, personagens que ficam sobrando e conclusões forçosamente precipitadas. A própria paixão de Helena, personagem de Aline Moraes, por Zero, é meio que construída em cima de lugar nenhum; o que é grave para algo tão central ao enredo. O súbito surto de bom samaritanismo e não-intervencionismo do Zero com roupa de astronauta também não convence em determinados momentos. O enredo em si também não pode ser considerado  muito original, já que o filme é uma fusão entre um Efeito Borboleta com pressa pra terminar e uma Carrie, a Estranha masculina e sem poderes paranormais/instintos assassinos. Isso sem falar do constante uso de Legião Urbana, que pelo amor de Deus.

Bom, mesmo que o Brasil não tenha feito uma estreia muito brilhante aqui no blog, eu sei que ainda existe uma penca de excelentes filmes nacionais que eu preciso -e pretendo- assistir, então estejam preparados pra mais Brasil daqui pra frente.


Nenhum comentário:

Postar um comentário