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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Filme nº 42: Shaun of The Dead

Já que Planeta Terror não é exatamente um filme de zumbis tradicionais, acho que eu posso dizer que Shaun of The Dead foi o primeiro filme dessa categoria assistido e comentado esse ano. E mesmo assim é preciso forçar a barra um pouquinho pra considerá-lo assim, porque o filme meio que converte o estilo aos seus objetivos de comédia, coisa que não foi feita, por exemplo, em Zumbilândia. Mas já que não estou aqui pra dizer se achei que ele é um bom filme de zumbis ou não, mas sim pra dizer se achei ele um bom filme; minha crítica não vai girar em torno disso.

Hey, you've got red on you
Se tratando de apocalipses zumbis, o enredo geralmente é sempre o mesmo: o retrato de pessoas comuns cuja vida normal de um dia pro outro é transformada pela tomada da civilização por mortos vivos, resumindo-se à uma luta diária pela sobrevivência individual ou de um grupo. Shaun of the Dead não foge à regra, com a ligeira exceção de que seus personagens, em nome da comédia, demoram um bom tempo para se dar conta do que realmente está acontecendo.
O protagonista da vez é Shaun, um simples funcionário de uma loja de eletrônicos londrina que, à época do apocalipse, está tendo uma fase difícil no relacionamento com sua namorada, sua mãe, e seus colegas de quarto. O filme basicamente gira em torno dessas relações antes e depois dos zumbis, evitando distorcê-las pela comédia exceto quando se trata do melhor amigo Ed, a principal fonte de humor do filme.
Apesar de ser divertido, o filme deixa de lado a seriedade e a realidade em vários momentos. Eu sei que é uma crítica engraçada a ser feita pra uma comédia, mas eu já vi alguns filmes que foram capazes de equilibrar as coisas e deram certo. O grupo de sobreviventes também conseguiu ser o mais burro de todos os grupos que eu já tive a chance de acompanhar num apocalipse zumbi, mas vou evitar os spoilers aqui e na crítica ao desfecho, que foge ao que normalmente acontece em situações assim.
De uma forma ou de outra, o filme acaba oferecendo uma ótica interessante e levemente original ao universo dos filmes de zumbis, muito graças ao sotaque britânico dos personagens e ao forte cheiro de Inglaterra em tudo o que acontecia, desde os bastões de críquete substituindo os tradicionais tacos de baseball até a ideia de o grupo se refugiar num pub. E óbvio que eu não poderia esquecer da cena de um combate literalmente ao som de Queen, que sozinha já vale o filme inteiro.

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