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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Filme nº 32: 50/50

Muito gratificante dizer que o segundo filme bom a ser comentado nesse blog veio logo depois do primeiro. 50/50 (ou 50%) também é o primeiro filme realmente triste que peguei pra assistir esse ano. Embora eu não tivesse muito ideia sobre qual seria a natureza do filme, eu acabei me surpreendendo em alguns aspectos (por exemplo, eu não esperava estar triste nesse exato momento. O crítico que disse que esse era um filme hilário e sincero só pode ser um sádico clínico).

Joseph Gordon Levitt e sua incrível habilidade de ter relacionamentos com ordinárias

Bom, o filme gira em torno de Adam Lerner, um jovem ok com uma vida ok e uma personalidade ok que encara tudo de uma forma bem ok. Até descobrir que possui um tipo raro de câncer na coluna, cuja probabilidade de sobrevivência é de 50% (daí o nome do filme). Não é preciso dizer como isso mudaria radicalmente a vida de qualquer pessoa (especialmente se ela figurar o lado ruim da estatística). É aí que entra o fator tristeza do filme, quando observamos o quanto Adam não aproveitou sua vida e o quanto ele está despreparado pra perceber que ele não aproveitou sua vida e que talvez nem consiga.
Joseph Gordon Levitt parecia o cara perfeito para o papel, visto que ele sabe como ninguém interpretar um personagem completamente fodido na vida, seja por se apaixonar pela ordinária da Zoey Deschanel ou por ser o Robin de um Batman em seu PIOR filme da trilogia de Nolan (venho denunciando isso desde o dia em que saí do cinema e vocês não acreditam). Enfim, ele realmente é convincente no papel de mostrar que a vida dele é pior do que a sua. O único ponto frustrante foi esperar ele se rebelar de alguma forma contra as pessoas à sua volta ou contra sua própria condição, o que realmente não acontece.
Os personagens coadjuvantes também colaboram muito com a qualidade do filme, desde os pais de Adam aos seus parceiros de quimioterapia ou mesmo a sua terapeuta. Mas o melhor de todos foi Seth Rogen, no papel do melhor amigo (bros before hoes). 
(Um adendo final: eu realmente fiquei surpreso por TODAS as mulheres desse filme serem incrivelmente bonitas, inclusive a mãe do Adam.)

Filmes tristes não são realmente a minha praia (assim como as comédias românticas e os filmes de terror trash), mas já que eu caí na cilada, só posso dizer que esse foi realmente muito bom. 

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