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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Filme nº 47: Everything is Illuminated

Voltando ao circuito dos filmes que chamam a atenção mais pelos diálogos do que pelas balas disparadas, hoje assisti um filme surpreendentemente desconhecido que me foi recomendado pela Ju Akemi. O 'surpreendentemente' é pelo fato dele ser um desses filmes que você não consegue compreender a razão de ter recebido tão pouca atenção tanto durante quanto depois de estar em cartaz nos cinemas, visto que ele é interessante em vários aspectos.

Hey Jonfen
Everything is Illumitated conta a história de um garoto judeu cujo hobby é colecionar todo e qualquer objeto que esteja ligado de alguma forma à sua história e à de sua família. Com a morte da avó, ele recebe uma foto de 1940 do seu avô e uma desconhecida chamada Augustine, que teria salvado sua vida dos nazistas e o ajudado a sair da Ucrânia para os Estados Unidos. Determinado a encontrar essa mulher, Jonathan Safran Foer viaja até a Ucrânia e contrata os serviços de uma família que oferece tours pelo país para judeus ricos que estão à procura de suas origens.
É essa família ucraniana que proporciona os melhores momentos do filme, a começar por Alex, o filho mais velho, que é um amante ingênuo da cultura pop americana e tradutor de Jonathan, a quem ele chama de Jonfen, e provavelmente o melhor personagem do filme. Seu avô, um homem rabugento que não gosta de judeus e tenta se passar por cego, o que o leva a ter Sammy Davis Jr Junior, um cão guia que também finge ser o que não é. 
O início me levou a acreditar que se trataria de uma boa comédia, com uma narração bem humorada e boas sacadas, mas o estilo está longe de predominar sobre o filme, que também contém muitos elementos de aventura e especialmente de drama. Isso se reflete nas visões que o filme passa acerca da Ucrânia, que hora é apresentada como um lugar engraçado com pessoas engraçadas, e hora como um lugar trágico com pessoas cheias de preconceitos.
O nome do filme também demorou um pouco a fazer sentido pra mim, mas no final tudo conseguiu se encaixar. As únicas ressalvas que faço são sobre a confusão feita acerca do passado do avô de Alex, e ao fato de em momento algum do filme ninguém ter cantado Billie Jean do Michael Jackson pra acalmar a Sammy Davis Jr Junior, o que me deu expectativas desde o momento em que essa informação foi dada, mas ficou só na promessa.

Como todo filme baseado num livro nunca chega a ser tão bom quanto o original, acho que a obra do verdadeiro Jonathan Safran Foer deve ser uma ótima sugestão pra quem estiver interessado.

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