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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Filme nº 55: Queime Depois de Ler

Acho que um dos gêneros de entretenimento mais divertidos, interessantes e unânimes entre as pessoas são as boas e velhas cadeias de eventos desencadeados que aparentemente não possuem nenhuma ligação entre si, e que vão fazendo sentido aos poucos até que você entenda a situação inteira. Eu sou um grande fã dessa estruturação de enredo, já tendo assistido e adorado filmes como  'Snatch' e 'Lock, Stock and Two Smoking Barrels', do Guy Ritchie; e 'Lucky Number Slevin', cujo diretor não é tão notório assim, mas o filme segue um grande expoente. Ao ver que Queime Depois de Ler se tratava de um trabalho dos irmãos Coen, fiquei curioso e interessado no que estaria por vir.

Provavelmente o trabalho mais engraçado do Brad Pitt
O filme gira em torno de uma série de núcleos diferentes, a começar por Osbourne Cox, um analista da CIA que acaba de ser demitido, dando à sua esposa Katie o pretexto final para pedir o divórcio e poder oficializar sua situação com seu amante Harry, o qual também é um funcionário do governo e também é casado. Do outro lado da história, Linda Litzke é uma funcionária de uma academia na casa dos 40 anos que deseja fazer uma série de cirurgias plásticas para renovar seu visual, sem ter dinheiro para isso; até surgir uma oportunidade aparentemente perfeita de conseguir dinheiro chantageando o dono de um CD room repleto de informações supostamente secretas da CIA, encontrado no vestiário da academia pelo seu colega Chad. 
A cadeia de eventos resultante do encontro desse CD é uma excelente amostra do humor negro dos irmãos Coen, o qual eu já havia visto anteriormente no remake de The Ladykillers, um dos meus filmes preferidos. A atmosfera inicialmente conspiratória do filme acaba desaguando na total falta de significado que os eventos possuem, o que talvez possa soar decepcionante para o espectador, como soou ligeiramente pra mim. Mas isso faz parte do espírito tragicômico do enredo.
Certamente o que mais chama atenção ao filme é o seu elenco, que, dentro outros, conta com John Malkovich (sim, o filme de ontem me levou até esse), George Clooney, J.K. Simmons e Brad Pitt num papel hilariamente retardado. Mas isso não significa que o filme possua grandes ambições, pois não possui. Ele é cruamente simples, malvado e engraçado, terminando abruptamente e sem nenhuma lição aprendida pelos personagens ou pelo expectador.

Não é nada muito genial, mas vale a pena como divertimento.

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