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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Filme nº 39: Death Proof

Ao descobrir que o filme de ontem, Planeta Terror, tinha um irmão gêmeo, sendo lançado simultaneamente com ele sob o título de Grindhouse para homenagear os filmes de terror dos anos 70; eu me senti na obrigação de assistí-lo logo em seguida. O que acabou não se revelando muito necessário, visto que, com exceção de uma única cena com cenário e personagens compartilhados de Planeta Terror, um filme não depende do outro.  

HOLLY SH-
Para os que pretendem embarcar na mesma aventura dupla de Grindhouse, eu recomendo começar por Death Proof. O motivo é simples: Planeta Terror é muito melhor, e se você deixar pra assistí-lo primeiro, você meio que elimina a maior parte das chances de gostar um pouco de Death Proof. Tendo feito exatamente isso, eu confesso que essa foi a pior tentativa do Quentin Tarantino de me fazer gostar de um filme e, se Grindhouse fosse um duelo entre Robert Rodriguez e o Tarantino, a vitória certamente seria do primeiro. Mas avaliar um filme tomando um terceiro como referência é injusto, então vou me ater aos fatores negativos e positivos endêmicos ao filme.
As razões pra eu não ter gostado até que não são muitas. Aliás, a razão é uma só: o filme basicamente só gira em torno de mulheres e suas conversinhas. Não estou sendo misógino ao dizer isso, pois todo homem reconhece o fato de que conversa de mulher é insuportavelmente chato. E, levando em conta que a marca principal dos filmes do Tarantino são seus bons diálogos, isso é um prejuízo e tanto. Não consegui chegar num consenso acerca de qual dos dois grupos de mulheres retratados no filme foi o mais chato (provavelmente o segundo, pois tinha mais mulher falando). 
Enfim, os pontos que ligeiramente fazem o filme valer a pena dependem todos do personagem do Kurt Russel, o dublê assassino Mike; sejam eles os diálogos da primeira metade do filme, além da bela cena da imagem que coloquei acima, ou as cenas de perseguição em alta velocidade da segunda metade. Mas ele, que até nomeia o filme de certa forma, infelizmente aparece muito pouco pra um protagonista.
Como eu citei, o filme é dividido em duas partes bem distintas: a primeira, a melhor delas, contém inúmeros elementos que fazem o filme parecer ter sido filmado na década de 1970, tais como efeitos de tela e falhas estéticas propositais, além de ter os melhores diálogos do filme (pelo simples fato de existir diálogos que não sejam só entre as mulheres) e um desfecho de tirar o fôlego. Já a segunda parte, suprime inexplicavelmente todos os elementos estéticos e termina de uma forma completamente diferente da primeira. Tirando o final até que surpreendente, ela é terrível.

Eu me pergunto se uma garota teria gostado desse filme.

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