.

.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Filme nº 51: Brüno

Antes de começar a falar desse cataclisma cinematográfico, só gostaria de dizer que, por razões de vida universitária, não foi possível assistir o filme de ontem. Isso já ocorreu algumas vezes esse ano, mas ainda não havia ocorrido desde o dia em que iniciei o blog. Bom, a solução óbvia é assistir dois filmes num dia em que isso for possível, o que, creio eu, será em breve. Agora, falando em filme..
Mais uma vez eu caí na armadilha dos filmes de curta duração, e a escolha de hoje foi mais motivada pela 1h17min de filme do que pela curiosidade. Como resultado, assisti uma das coisas mais constrangedoras e degradantes dessa minha vida de consumidor de cinema. Brüno é o terceiro personagem fruto do humor quase escatológico de Sascha Baron Cohen. Mas, ao contrário de Ali G e Borat, a estrutura de Brüno induz a piadas sobre roubas apertadas, impulsos nazistas e as mais diversas coisas relacionadas à ânus; algo não tão interessante para o público em geral.

WHAT. THE. FUCK. AM. I. WATCHING.
Repetindo a fórmula de Borat, o enredo de Brüno conta a história de um estrangeiro repleto de visões de mundo equivocadas que deseja ir aos Estados Unidos ~absorver~ algo da cultura americana (no caso de Brüno, tornar-se um ícone dela). Também como seu antecessor, o filme conta com inúmeras entrevistas do personagem com personalidades reais, sempre encontrando alguma forma de constrangê-las. E esse é um aspecto tremendamente cruel do filme, visto que muitas pessoas não estão cientes do motivo pelo qual foram chamadas e acabam sendo ridicularizadas. Algumas dessas abordagens, no entanto, por serem feitas em pessoas de ideologia duvidosa, tais como pastores que prometem a cura para o homossexualismo, juízes que se recusam a realizar casamentos homossexuais e uma incrivelmente ridícula convenção de orgulho hétero; realmente atingem seu objetivo de sátira. Mas apenas eles.
Esse filme é mais um exemplo de que ousadia e atrevimento não são sinônimos de humor, fazendo com que o espectador (no caso, eu) enxergue tudo isso como uma inconfortável tentativa de chamar a atenção. No início eu imaginava que o feedback negativo que algumas pessoas me passaram do filme seria mais por rejeição a comportamentos homossexuais, mas eu me enganei, pois o filme é extremamente degradante para os homossexuais (e muitos outros grupos retratados). Normalmente eu não digo que fico envergonhado por assistir algo, mas hoje vou ter que fazer uma exceção.

Amanhã farei questão de assistir um filme de duas horas e tanto.



Um comentário:

  1. Isso aê nelson man! Esses filmes estão cada vez mais apelativos. Assiste um tcheco de 3 horas. kkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir