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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Filme nº 40: Ghostbusters

Hoje decidi assistir um clássico dos cinemas que não seja lá tão cult. É meio difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar dos Caça-Fantasmas ou que nunca tenha ouvido a música tema do filme, mas é curioso como muitas dessas pessoas não viram o filme de fato. Até agora pouco, eu era uma delas. Partindo desse pressuposto, minha teoria sobre Ghostbusters (e sobre muitos outros clássicos do cinema pop) é a de que as pessoas em geral gostam muito desse filme justamente por nunca o terem assistido.

A única parte realmente genial 
Apesar de parecer, isso não quer dizer que eu não gostei do filme. Eu sei que eu sempre digo isso, mas é verdade. É muito difícil eu não gostar completamente de um filme, ele tem que ser muito ruim à nível filmes de Resident Evil pra que eu não goste nem um pouco. E obviamente não é o caso de Ghostbusters, que até que é divertido, tem um elenco notável, uma trilha sonora legal e uma premissa criativa. O problema é que toda essa aura de classicão esconde a exagerada simplicidade e falta de estrutura no enredo do filme.
Antes de fazer uma das minhas acusações, eu deixo bem claro que tenho consciência de que um filme sobre um grupo de homens que decide ganhar a vida caçando fantasmas já renuncia qualquer intenção de realismo. E, mesmo assim, um dos defeitos do filme é ser irrealista. Nas partes que não precisam ser irrealistas. Mas isso é um problema de menor dimensão e eu não vou me ater a ele. Outro ponto que me chamou a atenção foi o enredo solto, com personagens paraquedistas (vide o último integrante dos Caça-Fantasmas, que simplesmente chega na agência pedindo um emprego e entra pro grupo) ou desnecessários, avanços muito rápidos na estória e um 'último chefão' que, apesar de genial, foi extremamente fácil de ser vencido. Eu sempre tento evitar ser um pedante anacrônico na hora de julgar filmes com mais de 20 anos, mas eu estou seguro de que esse filme pareceria sem noção tanto em 1984 quanto pareceu hoje.
Bom, mas é só um divertido filme de fim de semana que fez um sucesso enorme, eu não posso julgar as intenções iniciais do filme partindo do que ele acabou se tornando com o tempo. Como peça de entretenimento, ele é realmente muito bom. Mas fica o alerta para alguns dos tais grandes clássicos da cultura pop, que nem Andy Warhol, cuja veneração por pura inércia acaba escondendo a enganação que ele é de verdade.

Antes de finalizar o post, algumas observações importantes:

1- Eu sei que pareceu, mas eu repito que não odiei o filme, é sério!  
2- Bem que me disseram: o fato do Bill Murray estar em inúmeros filmes de comédia não significa de forma alguma que ele seja engraçado.
3- Amanhã vou fazer uma viagenzinha de carnaval pra um lugar sem internet, e devo ficar sem postar até terça feira. O que não significa que não estarei assistindo e comentando filmes nesse período. Quando chegar eu pretendo fazer uma atualização tripla no blog. 

Então, bom carnaval proceis. 

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