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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Filme nº 56: Argo

Apesar de seguir uma linha independente e randômica de filmes, eu não poderia simplesmente ignorar os filmes indicados ao Oscar, especialmente os que venceram. Assim sendo, obviamente que Argo já constava na minha lista (e na minha pasta de downloads) há algum tempo, eu estava apenas esperando a vontade despertar. E com a estatueta de melhor filme, ela acabou despertando.

Nossa melhor ideia ruim
Baseado, embora não totalmente, numa história real, Argo mostra a preparação e execução de um plano de evacuação nada convencional preparado pelo agente da CIA Tony Mendéz para resgatar seis pessoas que haviam conseguido escapar da invasão da embaixada americana em Teerã, no calor da revolução de 1979. Já tendo o patrocínio da realidade, que ofereceu ao filme a improvável e ainda assim espetacular ação de criar um filme falso como desculpa para retirar os seis refugiados do país; Argo ainda foi capaz de contar essa história com maestria, mas sem total fidelidade. Ainda que eu seja um grande entusiasta acerca desses episódios, não tive tempo de ler o que realmente aconteceu para poder comparar com o que o filme deixou de mostrar ou mostrou demais. Mas mesmo sem ter recorrido a isso, eu já pude ver a razão dele ter ganho o Oscar de melhor filme de 2012.
A começar, duas coisas que eu valorizo muito num filme que se propõe a mostrar um determinado contexto histórico num determinado país: capacidade de reproduzir a época e o lugar com competência. E na minha opinião, isso é um ponto fortíssimo em Argo, visto que é quase possível sentir na pele o fervor revolucionário do Irã, responsável por todo o suspense do filme; e o clima de desespero político em Washington.
Também é difícil comentar a retratação de personagens reais sem propriamente ter conhecido tais personagens. Tudo o que posso dizer é que Argo conta com boas atuações por parte de John Goodman (que já havia me chamado a atenção em O Grande Lebowski), Bryan Cranston, e do próprio Ben Affleck; além dos refugiados da embaixada canadense, que souberam se comportar como bons desesperados.

Enfim, eu provavelmente vou demorar muito a assistir todos os filmes que foram destaques nessa última cerimônia do Oscar, isso se eu chegar a assistir. Tudo depende de questões de conveniência e interesse, que raramente ficam do lado desses filmes. Porém, se todos estiverem no patamar de Argo, então existe razão para otimismo.

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