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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Filme nº 46: The Raid

Acho que eu finalmente encontrei aquele filme de ação com pouca conversa e muito tapa na cara que eu estava procurando. Eu só não esperava encontrar isso num filme de procedência tão.. 'exótica'. Produzido na Indonésia, Serbuan Maut é mais conhecido aqui pelo Ocidente como The Raid: Redemption. O Redemption entrou apenas pra evitar problemas com direitos autorais e se pá também porque todo filme de ação que se preze precisa de um subtítulo vazio de significado. Como o filme nada tem a ver com redenção e eu não tenho nada a ver com essas paradas de direitos autorais, coloquei só The Raid no título desse post.

Balas, soco, chute e facão voando, pra que mais
O enredo do filme não poderia ser mais simples: apenas um esquadrão de vinte policiais de elite cuja missão é invadir um edifício que funciona como quartel general de um chefão do crime, desmontar suas operações ilegais e, é claro, prender o cara responsável por tudo. Mas a missão acaba se revelando mais difícil do que parece, quando centenas de criminosos cercam o prédio, deixando os policiais isolados e à mercê de ataques vindos de todos os lados.
Mesmo sendo simples, o enredo não deixa de apresentar alguns probleminhas aqui e ali, como na previsibilidade das traições e alianças que vão se formando ao longo do filme, uma estruturação confusa do setor policial corrupto e acusações de plágio do enredo do filme Dredd, que eu inclusive tive o prazer de assistir no início do ano. Bom, as estórias de fato são bem parecidas, mas o plágio nesse caso é improvável visto que The Raid foi lançado primeiro.
Mas julgar um filme de ação pela estória é o mesmo que julgar um filme de comédia pelo figurino, então vamos ao que interessa. Assim que os policiais se dão conta de que estão sitiados num prédio repleto de bandidos, o filme passa a ser um espetáculo de ação quase ininterrupta, com boas cenas de tiroteios e excelentes cenas de lutas, seja de mãos limpas ou mesmo com facões e todo tipo de objeto que estiver ao alcance. Um triunfo do filme é evitar na maior parte do tempo ser incoerente e, digamos, roubado. Os personagens principais em momento algum detém vantagem absoluta sob seus adversários, e é notável o quanto eles sofrem pra conseguir vencer os combates, fazendo com que a possibilidade de derrota ronde o filme inteiro.
Diferentemente da maioria dos filmes policiais de Hong Kong que estamos acostumados a assistir, The Raid não só nos oferece boas cenas de ação, mas também uma trilha sonora competente e atuações que convencem. Os indonésios também evitam aquele show de gritos e caras engraçadas que os chineses normalmente nos proporcionam, e as cenas de luta são mais brutas e realistas, mais no estilo de Ong Bak, um filme de luta tailandês que eu também recomendo. 

Um problema que os filmes asiáticos geralmente carregam consigo é passar a impressão de que todo mundo na Ásia é mestre em artes marciais. The Raid só me fez incluir a Indonésia nesse grupo.

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