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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Filme nº 43: Psicopata Americano

Já assisti filmes sob influências de muitas coisas, sejam recomendações de amigos, um bom trailer no youtube, a presença de um ou dois bons atores ou um enredo chamativo. No caso de Psicopata Americano, porém, minha única motivação pra ver o filme foi a exaustiva circulação da foto do personagem do Christian Bale checando duplos. Assim como o Patrick Bateman falhou ao checar os duplos de hoje (sendo o filme 43 e não o filme 44), ele também falhou em conquistar esse espectador cada dia mais exigente.

HEY PAUL
Psicopata Americano narra a história do que provavelmente é o assassino mais metrossexual dos cinemas: Patrick Bateman, um rico executivo incapaz de sentir qualquer emoção além de inveja, cobiça e ódio. Essa combinação de fatores acaba sendo favorável para a prática do seu hobby mais discreto, o qual consiste em assassinar pessoas brutalmente. O filme então retrata o desmoronamento do personagem bem sucedido montado por Bateman, que vai sendo substituído pouco a pouco por seu lado incontrolável e psicopata, incapaz de lidar com a menor das frustrações, que não são poucas, visto que Bateman, apesar de ser um peixe grande na hora de lidar com peixes pequenos, acaba sendo um peixe pequeno na hora de lidar com os grandes.
Esse provavelmente foi um dos filmes mais irritantes que eu assisti esse ano, dada a quantidade de futilidades e frescuras com as quais os personagens se preocupam o tempo inteiro. Coisa de gente rica e fútil, tipo diferenciar uma cor marfim de uma cor de casca de ovo onde eu só vejo dois tons de branco. Além disso, temos a personalidade psicótica do personagem de Bale, que, longe de inspirar qualquer simpatia, só desperta raiva pela mera existência de alguém tão infantil, inseguro e violento. Isso sem contar a costumeira mania do ator de fazer bico enquanto fala.
É meio difícil definir a natureza desse filme. Ele não chega a ser suspense, não chega a ser terror, não chega a ser nada. Algumas partes até me faziam rir de propósito. Mas isso não é uma vantagem para o filme, que acaba se revelando esquisito e sem rumo, ainda mais terminando da forma esquisita como terminou. Tudo o que eu absorvi do filme foram os nomes de uns dez restaurantes caros de Nova York e meia dúzia de nomes de grifes masculinas.

Da próxima, fiquem atentos ao decidirem assistir um filme só pela circulação de fotos e gifs dele pela internet.

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