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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Filme nº 50: O Banheiro do Papa

Aproveitando a onda papal que vem tomando conta das notícias ultimamente, decidi com bastante atraso seguir a sugestão do amigo James e assistir O Banheiro do Papa. A decisão do filme de hoje também foi influenciada pelo pouco tempo que eu tenho disponível, já que ele era um dos mais curtos que eu tinha. Ironicamente, os filmes mais curtos geralmente são os que mais tomam tempo para serem assistidos, e até hoje eu não consigo entender a razão disso. Bom, só me resta colocar na conta to Papa (quando ele for eleito).

Pensa num cara sofredor
O Banheiro do Papa é um filme uruguaio que conta a história de toda a grande mobilização dos moradores da cidade de Melo não só para receber a visita do papa João Paulo II em 1988, mas também para lucrar com ela. No meio de tudo isso, está Beto, um homem que ganha a vida fazendo frequentes viagens de bicicleta ao Brasil para trazer produtos de contrabando para a cidade. Tendo que sustentar a esposa e sua filha, Beto enfrenta inúmeros desafios para manter seu ganha pão, como os postos de fronteira e um agente de alfândega corrupto.
Como a maioria dos pobres da cidade de Melo, Beto tenta planejar uma forma de construir rapidamente um negócio que traga bons lucros dos supostos milhares de visitantes que a imprensa anuncia que chegarão à cidade para ver o discurso do papa. A solução que ele encontra é reunir o pouco de dinheiro que resta à família para construir um banheiro que iria atender às necessidades da tal multidão que está para chegar.
Esse é um daqueles filmes que faz com que você olhe para si mesmo e sinta vergonha na cara de já ter reclamado da sua condição financeira alguma vez na vida, pois a dificuldade que os personagens tem para conseguir o básico para sobreviver é o aspecto mais marcante de toda a estória. É por conta disso que o final acaba sendo meio aterrador pra quem acompanhou o filme inteiro com a mesma expectativa que toda essa gente tinha de conseguir melhorar de vida com essa visita inédita.
Se antes eu disse aqui que conhecia pouco do cinema argentino, saibam que conheço ainda menos do uruguaio, e é por isso que serei breve ao analisar os atributos mais técnicos do filme. As atuações do filme, com exceção do protagonista, não chamariam tanto a atenção não fosse o fato da maior parte dos personagens ser interpretada pelos próprios moradores pobres da cidade de Melo.

É um bom filme pra assistir naquela época em que você tem achado sua vida ferrada.

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