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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Filme nº 34: Driving Miss Daisy

Hoje o filme meio que furou fila nos demais que eu havia baixado pra assistir, sendo uma sugestão rápida que o Raul me deu ontem. O engraçado que isso se deu basicamente por ele ser o filme mais curto que eu tinha na mão, mas acabou que eu tomei horas e horas pra assistir. O que não significa que tenha sido um filme ruim ou mesmo um filme devagar, isso se deu mais por circunstâncias do dia. Driving Miss Daisy, na verdade, é um desses filmes que conseguem fazer algo especial em cima de uma premissa muito simples, e são filmes assim que costumam ser lembrados. Pode não ser a história mais empolgante do mundo (pois não é), mas é uma que merece ser ouvida.

De indesejável a melhor amigo.
O filme conta a história do relacionamento improvável entre uma idosa exigente e cheia de manias e o motorista que é contratado por seu filho para tomar conta dela. Miss Daisy sem dúvida fez de tudo para dificultar a estadia inicial de Roke na sua vida, recusando-se a ter mais um servente e mais um pra lhe roubar a privacidade. O motorista, no entanto, insiste pacientemente e aos pouquinhos vai conquistando o seu consentimento, em seguida a sua confiança, e em seguida a sua amizade.
Esse foi o papel que lançou Morgan Freeman ao estrelato (muito em parte graças a sua risada irresistível), lhe rendendo uma merecida nomeação ao Oscar de melhor ator (Jessica Tandy foi mais longe e conseguiu o Oscar de melhotr atriz). O filme também faz um bom trabalho ao reconstruir as décadas de 1950, 60 e 70; fazendo referências, embora limitadas, à segregação racial existente no sul dos Estados Unidos e à luta dos negros por igualdade racial.
Eu confesso que adoro a forma que os sulistas tem para se expressar, sejam eles pobres e analfabetos, como Roke, sejam educados e ricos, como Daisy. De tanto acompanhar histórias que se passam no estado da Geórgia (The Walking Dead -a série e o jogo-, Left 4 Dead 2, e etc), eu já estou criando uma simpatia muito grande pelo estado e seus moradores, especialmente quando eles não são zumbis.
O único ponto que não me agradou muito no filme foi a forma abrupta como a história pula para seu estágio final, com o envelhecimento repentino de Roke e, especialmente, de Daisy. Pra um filme que corre tão calmamente a maior parte do tempo, isso foi meio que inesperado e indesejável. Mas isso não chega perto de prejudicar a obra como um todo.

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