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sábado, 30 de março de 2013

Filme nº 85: Apenas o Fim

O segundo filme que consegui assistir durante minha correria de feriado já não é um curta metragem, mas, comparado aos filmes comuns, é relativamente curto. Só não é rápido, porque a essa altura todo mundo já conhece meu drama dos filmes curtos que tomam mais de duas horas pra serem assistidos. Mas enfim, também já estava na hora de retornar ao cinema nacional. Escolhi outra produção independente (sim, estou bastante hipster esses dias) da qual eu não esperava muita coisa. Acabei me surpreendendo. 

E agora? Vivemos o resto de nossas vidas.
Apenas o Fim retrata a última hora do relacionamento de um casal que, apesar de todas as boas experiências que tiveram juntos, não deu certo. Tudo começa quando Adriana inesperadamente anuncia para seu namorado Antônio que está indo embora para sempre e que eles terão uma hora para se despedir. Antônio, apaixonado e consequentemente o elo mais fraco do relacionamento, tenta utilizar essa hora pra fazer com que ela mude de ideia, e assim os dois acabam tendo uma longa conversa sobre o próprio relacionamento, sobre o que será de cada um daqui pra frente e, o que mais caracteriza o filme, sobre diversas banalidades, sem nunca perder o tom espontâneo e natural.
Pra quem esperava só uma comédiazinha romântica rápida, o filme me agradou bastante. Seus personagens são bem verdadeiros, com jeitos e manias normais, capazes de oscilar entre o bom humor e a melancolia. Há também uma extensa abordagem de inúmeros tópicos nerds, o que, se fosse hoje, eu acharia manjadíssimo, mas, como o filme é de 2008/2009, o tema ainda era ligeiramente original. Eu confesso que fiquei bem incomodado com a leviandade com que os dois (e principalmente ela) trataram do assunto, mas eu sei que isso existe.
Apenas o Fim foi gravado inteiramente na PUC-Rio e por alunos da PUC-Rio, contando com a participação breve de Marcelo Adnet e Nathalia Dill, ambos ainda em começo de carreira. As cenas são um misto da caminhada casual que o casal faz pelo campus e diversos flashbacks de momentos e conversas que eles tiveram no passado. Algo que me agradou muito como crítico mas provavelmente não como pessoa foi o fato do final não fugir aos propósitos do filme com alguma solução mágica para agradar os fanáticos por finais felizes. Pois é, la vida és dura.

Domingo eu encerro esse calvário e provavelmente já voltarei ao ritmo de postagens diárias sobre filmes com mais de 1h20. Até lá.

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