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segunda-feira, 25 de março de 2013

Filme nº 81: O Colecionador de Ossos

Aqui estou eu outra vez recorrendo a um desses filmes que vi há tantos anos que é difícil lembrar de algo além do enredo e de e alguns poucos pontos marcantes. É sempre bom dar de presente à sua memória as peças que lhe faltavam para fazer as ligações entre os vários flashes desconexos que ela mantinha guardados. Esse é o caso d'O Colecionador de Ossos, cujo nome acabou surgindo durante uma conversa, me dando vontade de passar o filme a limpo. 

Angelina Jolie no comecinho da carreira interpretando personagens sem graça
O Colecionador de Ossos é baseado num romance policial de mesmo nome e narra a história de Lincoln Rhymes (Denzel Washington), um célebre detetive tetraplégico, e Amelia Donaghy (Angelinda Jolie), uma policial talentosa que esbarra numa elaborada cena de crime. Os dois acabam unidos pela investigação de um misterioso assassino em série que sequestra suas vítimas com um táxi e sempre deixa pistas sobre o próximo assassinato na cena do crime (algo nada inédito). Enquanto Rhymes é um homem cético e ligeiramente niilista devido sua condição quase vegetal, Donaghy é uma mulher assombrada pelo próprio passado e que tenta negar sua propensão para a ciência forense.
O que mais me surpreendeu nesse filme foi a série de aspectos quase amadores que ele contém. Pra mencionar o mais presente, as cenas feitas dentro de carros, algo constante num filme onde o assassino captura suas vítimas num táxi, são feitas daquele modo antiquado em que a cena é gravada dentro do veículo parado e mais tarde acrescentam o cenário se movendo nas janelas, algo muito esquisito num filme de 1999.  Depois disso, também temos vários resultados de direção e roteiro pouco inspirados, como diálogos, ações e movimentos de câmera.
O enredo dedica bastante tempo a intriguinhas policiais que obviamente nunca são tão interessantes quanto os assassinatos e a investigação deles. Foi difícil enxergar alguma química entre o Denzel Washington e a Angelina Jolie, seja na relação mestre-aprendiz ou mesmo num possível interesse amoroso. Outro aspecto que me incomodou bastante no filme foi o sistema de comunicação utilizado entre Rhymes e os demais policiais, com o qual ele podia se comunicar com qualquer policial e vice-versa (e diversas vezes ainda havia o chefe de polícia escutando isso seja do seu escritório seja de uma viatura) independente deles estarem no subterrâneo. Seja lá qual tenha sido essa tecnologia, ela é muito bem vinda em 2013.
No mais, o filme não exige muito pensamento do espectador, já que ele mastiga todo o raciocínio pra você. Apesar disso, a revelação da identidade do assassino foi bastante inesperada, embora ele tenha deixado de lado toda a inteligência e prudencia que teve ao longo do filme pra agir estupidamente no fim. Suas motivações também não foram muito convincentes, mas isso já é algo que eu não consigo comentar sem spoilers.

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