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sexta-feira, 15 de março de 2013

Filme nº 73: The Perks of Being a Wallflower

De vez em quando ocorre de uma franquia de filmes, um seriado, ou mesmo um filme bem marcante sejam responsáveis pela perpetuação da sinonimização da imagem de um ator com a imagem de seu personagem mais famoso. Alguns atores conseguem lidar bem com isso, outros nem tanto, mas independentemente disso costuma haver sempre um grande estranhamento ao ver aquele carinha que sempre foi sinônimo de tal personagem fazendo um papel completamente diferente. Esse é o caso da Emma Watson, que por ter sua imagem muito vinculada à Hermione Granger acaba tornando bem curiosa a experiência de vê-la dançando e beijando um monte de caras.

And in that moment I swear we were infinite
The Perks of Being a Wallflower começa com o ingresso de Charlie no Ensino Médio como um jovem introvertido e intimidado por seus colegas de escola. Sua vida de estudante tem tudo para ser um inferno até ele conhecer Patrick e sua meia-irmã Sam, dois estudantes mais velhos que o introduzem a um novo grupo de amigos. A partir desse momento, Charlie finalmente consegue ter o sentimento de pertencer a algum lugar, além de entrar em contato com questões de amor, sexualidade, drogas, perdas, medos, esperanças, amizade, homossexualismo e outros aspectos da transição da vida adolescente para a vida adulta.
De início, o filme parecia ser mais uma daquelas histórias batidíssimas de 'ah eu odeio a escola ah eu sofro bullying ah eu não sou popular ah ela também curte The Smiths', mas é muito além disso. Com uma estrutura narrativa baseada nas cartas que Charlie escreve a um remetente anônimo, o filme retrata de forma bela e sensível o duro crescimento espiritual que os personagens alcançam nos altos e baixos da juventude, focando no relacionamento que Charlie desenvolve com seu grupo de amigos, especialmente com a Sam, por quem ele nutre maiores sentimentos.
Foi realmente uma experiência muito boa pra mim. Mal consigo lembrar a última vez que um filme me deixou tão inspirado. A trilha sonora é excelente, sendo menos hipster do que imaginei. Os personagens são muito bem construídos, cada um com sua dose de elementos positivos e negativos que escapam da mesmisse dos filmes adolescentes. Charlie, em especial, possui alguns problemas complexos em seu passado que o atormentam esporadicamente a ponto de fazê-lo perder a consciência em certos momentos. Esse foi um fator que adquiriu importância inesperada ao longo do filme.
Obviamente eu não poderia deixar de falar da Emma Watson, que interpreta uma garota linda e interessante, que aparenta julgar as pessoas pelo gosto musical e não é muito sensata na hora de escolher seus parceiros amorosos. Ela realmente conseguiu dar um tom fascinante e ao mesmo tempo humano à sua personagem, evitando que ela se tornasse uma segunda Summer de 500 Dias Com Ela. Também soube mostrar que ela é capaz de ser muito mais do que apenas a Hermione de Harry Potter.

Hoje eu estou uma merda pra escrever, espero voltar ao ritmo nos dias seguintes. 

Um comentário:

  1. Esse filme é bem massa mesmo. Mesmo com o cliche indie/hispter que vc citou ai "Ah você tambem curte the smiths?", eu amo the smiths, mas parece que todo filme "indie" de agora tem que ter essa referencia. Desde o dia em que vi esse filme me encontro no fundo do poço do amor platonico. Emma I Love U!!!!!!!!!!

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