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terça-feira, 12 de março de 2013

Filme nº 68: Hot Fuzz

Quando assisti Shaun of the Dead durante o Carnaval, eu não havia me dado conta de que ele fazia parte de uma trilogia resultante da parceria entre Simon Pegg, Nick Frost e o diretor Edgar Wright. A chamada The Three Flavours Cornetto Trilogy, também conhecida como Blood and Ice Cream Trilogy, relaciona cada um de seus filmes com um sabor de Cornetto, sempre exibindo uma cena onde os personagens compram e consomem o sorvete. Shaun of The Dead foi o filme do Cornetto vermelho de morango. Hot Fuzz, o segundo da trilogia, representa o Cornetto original de cor azul.  

By the power of Greyskull!
Depois de anos construindo uma sólida carreira como o melhor policial de Londres, disparado, Nicholas Angel não esperava que isso fosse lhe proporcionar uma promoção para baixo. Seu desempenho no trabalho era tão exemplar que ele estava começando a fazer com que seus colegas parecessem medíocres em comparação. Por conta disso, Angel é promovido ao cargo de Sargento, porém transferido para Sandford, a cidade com os menores índices criminais de toda a Inglaterra. Desesperado por estar numa cidade onde o último homicídio fora registrado a mais de 20 anos, cujo departamento de polícia é composto por gente que nunca disparou um tiro na vida, e cujo caso mais agitado do ano foi o desaparecimento de um ganso; Angel acaba se vendo diante de uma série de mortes em circunstâncias muito suspeitas, as quais o levam a suspeitar da existência de algo por trás de todos os índices de segurança e de bem-estar da pacata cidade de Sandford.
O resultado disso tudo é um enredo que une ação, bom humor e uma dose de suspense. A ambientação de Sandford como a cidade perfeita é memorável, além da construção de toda a comunidade de moradores e a sombria Neighbourhood Watch Alliance, com destaque ao personagem de Timothy Dalton. A transformação de Simon Pegg de um simples funcionário de uma loja de eletrônicos para o policial mais eficiente de Londres é impressionante. Assim como em Shaun of the Dead, a química entre os personagens de Simon Pegg e Nick Frost é latente, ainda que dessa vez seja tardia.
Outro elemento comum à trilogia é a filmagem de ações simples e de trocas de cena como se fossem algo tremendamente importante (eu realmente não consigo descrever isso de uma forma melhor). No começo é algo até que divertido, mas o abuso desse elemento por todo o filme o torna cansativo. O final do filme, apesar de dar uma bela animação ao espectador sobre o que o Angel irá fazer e conseguir inspirar um belo "É ISSO AÍ CARALHO", acaba deixando um pouco a desejar, mostrando menos sangue e mais tropeços (mas ainda assim é um bom final).

Hot Fuzz é bem melhor que Shaun of the Dead, que já é legal por si só. Agora não vejo a hora do lançamento do Cornetto verde de menta esse ano.

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