.

.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Filme nº 133: O Ditador

Foi preciso um pouco de coragem da minha parte para me aproximar de outro filme do Sacha Baron Cohen depois do fatídico Brüno. Mas um homem que se propõe a ver um filme por dia precisa passar por cima dos próprios medos e preconceitos, e aqui estou eu. Pro meu alívio, O Ditador está muito mais para o lado de Borat do que para o lado de Brüno, abandonando muitos elementos constrangedores presentes em ambos. Mas, bom, continua sendo Sacha Baron Cohen.

The heroic story of a dictator who risks his live to ensure that democracy would never come to the country he  so lovingly opressed.
O Ditador narra a história do Almirante General Aladeen, o excêntrico e ditatorial líder da fictícia República de Wadiya, que, por conta de fortes suspeitas acerca do caráter armamentista do programa nuclear Wadiyano, é chamado à Assembleia Geral da ONU em Nova York para prestar esclarecimentos. Chegando aos Estados Unidos, o General Aladeen é vítima de uma fracassada tentativa de assassinato que coloca um sósia no seu lugar para a assinatura de uma nova constituição para Wadiya. Escandalizado por essa tentativa de implementar uma democracia em seu país, o desbarbado general Aladeen precisa encontrar uma forma de denunciar essa conspiração enquanto se encontra perdido na cidade de Nova York, tendo como únicas companhias uma hippie pacifista que nem desconfia de sua verdadeira identidade, e um cientista nuclear que ele anteriormente havia condenado à morte.
Mesmo com o enredo bem diferente dos seus antecessores, O Ditador mantém o característico estilo do estrangeiro exótico e sem modos que vem para os Estados Unidos conhecer o estilo de vida americano e divulgar o seu. Mesmo assim, existem muitas diferenças importantes, como o abandono do estilo documentarístico em direção a um enredo mais próximo de uma estória de cinema. Também foi abandonado um aspecto bastante polêmico do estilo de Sacha Baron Cohen, que eram as entrevistas e filmagens com pessoas reais colocadas inadvertidamente em situações ridículas. E o pior de tudo é que o filme não sobrevive bem sem esses elementos.
O protagonista sem dúvida é o ponto alto do filme. Mandão, tarado, racista e leviano; Aladeen é claramente baseado em Muammar Khadafi, com uns toques de Kim Jong Il e Mahmud Ahmadinejad. Mas ele é basicamente a única coisa que vale a pena, já que a comédia é baixa, retardada e repleta de piadas americanas demais; enquanto o enredo é clichê e previsível. Isso porque ainda tem a tradicional tonelada de cenas constrangedoras que me fazem agradecer por não ter ido ver o filme no cinema.  

Nota: 6,5

Nenhum comentário:

Postar um comentário