.

.

domingo, 19 de maio de 2013

Filme nº 128: A Revolução dos Bichos

É um tanto tragicômico o fato de no mesmíssimo momento que eu consigo tirar o atraso das postagens do blog, me bate um misto de preguiça e falta de tempo tão grande que eu deixo o atraso voltar quase que intencionalmente. Bom, mas vou tentar re-recuperar o ritmo daqui ou no mínimo tentar continuar postando aos trancos e barrancos.

All animals are equal, but some animals are more equal than the others.
A versão d'A Revolução dos Bichos que assisti foi a live action feita para a televisão britânica em 1999. Essa adaptação do grande clássico de 1945 escrito por George Orwell conta a dramática revolução dos animais da Fazenda Manor. Vítimas do descaso e da opressão dos donos humanos da fazenda, os animais, impulsionados pelo martírio do porco Old Major, rebelam-se contra os humanos e tomam controle de toda a fazenda. Uma vez no poder, os animais tentam assumir as várias funções da fazenda por conta própria, apenas para acabarem diante de um regime ainda mais ditatorial que o anterior quando a elite dos porcos decidem impor sua própria visão de revolução.
Tal como nos filmes até clássicos do 'Babe, um porquinho atrapalhado', a ideia de colocar animais de verdade movendo as bocas através de computação gráfica torna muito estranha a execução de qualquer enredo, isso quando não a compromete. No caso d'A Revolução dos Bichos, a seriedade do enredo conseguiu ser mantida com sucesso, mas fica patente o fato de que filmes protagonizados por animais de verdade nunca foram uma boa ideia.
A falta de um elenco de verdade não torna a história de Orwell menos genial e tampouco menos dramática. A construção do sistema político e social da recém fundada Fazenda Animal e a gradual divisão e corrupção dos porcos na liderança da mesma, com ênfase no caráter extremamente vil de Napoleão; são os aspectos mais interessantes da história, que é uma crítica direta aos regimes totalitaristas dos anos de 1940, com grande ênfase no caso soviético (aliás, obviamente feito com a União Soviética em mente).

O que não muda o fato de que a história provavelmente ficaria melhor num desenho ou numa animação. 

Nota: 6,5

Nenhum comentário:

Postar um comentário