.

.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Filme nº 118: Donnie Darko

Donnie Darko foi provavelmente o filme que passou mais tempo guardadinho no meu computador, esperando pra ser assistido. Apesar de sempre ouvir todo tipo de coisas interessantes a respeito dele, o mantive na geladeira pelo tempo de duração e pela aparente dificuldade de se compreender na primeira viagem. Como já comentei antes, tento evitar essa categoria porque nenhum filme está ganhando uma segunda chance esse ano. Meu sucesso com Memento, no entanto, finalmente deu o incentivo que eu precisava pra finalmente arriscar Donnie Darko. Bom, creio eu que tive sucesso com o filme. Mas a reciproca não é verdadeira.

Why are you wearing that stupid man suit?
O enredo de Donnie Darko não é muito fácil de descrever. Essencialmente, ele conta a história de um adolescente psicologicamente perturbado que, após escapar miraculosamente de um bizarro acidente, começa a ter frequentes visões de um grande coelho que o alerta sobre a data do fim do mundo e o induz a cometer uma série de crimes. Durante essa contagem regressiva, Donnie lentamente se dá conta de que possui a capacidade de prever o futuro imediato. Acho que é mais ou menos isso que consigo falar sem revelar grandes detalhes da trama.
A crítica que faço a Donnie Darko provavelmente se aplicará a centenas de outros filmes com pretensões semelhantes. O enredo é complexo? Sim. É difícil de entender? Sim. É inteligente? Bastante. Mas o filme é legal? NÃO. Independente de toda a profundidade de Donnie Darko, ele é chato. Independente de toda a complexidade dos fatos desenvolvidos no enredo, ele continua sendo um tédio. Não é preciso ser nenhum expert pra diferenciar um filme chato de um interessante. E antes fosse só o enredo devagar o problema, mas o filme também é deficiente na maioria dos outros aspectos, tendo uma fotografia esquisita, efeitos especiais pouco trabalhados, personagens estranhos cuja relevância/importância demora muito a ficar clara, e atuações pouco excepcionais.
O desenrolar das coisas também é menos excitante do que parece. Toda a lombra pesada desenvolvida ao longo do filme pelo personagem excêntrico-negativo de Jake Gyllenhaal na prática não nos leva a lugar algum. Eu confesso que provavelmente eu relevaria muitas das minhas impressões se Donnie Darko não fosse alvo de tanto puxa-saquismo na internet. Filme difícil e complexo não é sinônimo de filme bom.

Nota: 6,5

Nenhum comentário:

Postar um comentário