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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Filme nº 130: OSS 117 - Le Caire, Nid D'espions

Acho que definitivamente estou na pior fase do ano quando se trata de assistir filmes. Além da falta de tempo como adversário tradicional, tenho enfrentado uma falta de coragem que nunca esteve tão grande como agora. Blablablas à parte, o filme de hoje (que na verdade foi da semana passada) é uma divertida e econômica versão francesa de 007. Já que ainda não tive a coragem e disposição para mergulhar no extenso universo de James Bond, por hora me contento com as aventuras de Hubert Bonisseur de La Bath, mais conhecido como agente OSS 117. 

Um agente secreto inteligente, forte, sedutor e incrivelmente francês.
OSS 117 - Le Caire, Nid D'espions (literalmente 'Cairo, ninho de espiões', porém toscamente traduzido para 'uma aventura no Cairo') conta a história de uma perigosa missão delegada ao super agente secreto OSS 117 (leia da forma francesa 'ô-éss-éss cent dix-sept') no Cairo em 1955. Na hostil e exótica capital egípcia, o agente 117 deve investigar as circunstâncias do assassinato de seu melhor amigo e também o desaparecimento de um navio russo carregado de armamentos, tudo isso num clima explosivo de revolução nacionalista e fanatismo religioso. 
Parece um enredo bem sério, mas é um dos filmes mais escrachados que já assisti. E isso de certa forma é um elogio. Além de parodiar humoristicamente o enredo, o filme reproduz em cada detalhe o estilo dos filmes de espiões das décadas de 1950 e 1960, seja na fotografia, na coreografia das lutas ou na linguagem corporal dos personagens, tudo isso da forma mais intencionalmente ridícula possível.
O destaque obviamente fica para o protagonista, interpretado no melhor estilo galã sedutor por Jean Dujardin. O agente Hubert Bonisseur de La Bath é um homem incrivelmente estúpido e arrogante que resolve mais problemas através do sorriso e do olhar do que pelo raciocínio lógico, tendo uma visão egoísta de mundo na qual ele enxerga o contexto oriental de Cairo através do folclore orientalista, sendo constantemente capturado pelas consequências de suas visões de mundo equivocadas. Apesar disso tudo, ele não deixa de ser um personagem capaz de despertar uma grande simpatia no expectador, mais por sua ingenuidade e sorte do que pelos méritos do seu trabalho.
Um dos aspectos negativos do filme é exatamente o exagero em seus aspectos bons. Mesmo com o objetivo de ridicularizar o arquétipo de espião glamouroso, o filme muitas vezes se estica no tom humorístico, sendo ridículo tal como o agente OSS 117 é diante dos aliados e inimigos.  A questão é que este o faz de propósito, enquanto o filme derrapa involuntariamente.

OSS 117 é prova de que o cinema francês também sabe ser pastelão.

Nota: 8,5

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