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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Filme nº 131: A Single Man

É complicado fazer um post a respeito de um filme bom que você queria ter gostado. A Single Man (cujo nome em português, Direito de Amar, apesar de evocar um ar de luta pelos direitos homossexuais, pra variar não tem nada a ver com nada) é um filme completamente depressivo que não deveria ser assistido num estado outro que não o de felicidade plena. Por não estar no melhor dos meus dias, o filme acabou não colaborando nada com meu estado de espírito.

If it's going to be a world with no time for sentiment, Grant, it's not a world that I want to live in.
A Single Man é um filme baseado no livro homônimo de Christopher Isherwood, e conta a história de George Falconer, um professor britânico homossexual na casa dos cinquenta anos que perdeu num acidente de carro seu parceiro (esse termo é bem eufemístico, namorado, marido, peguete, leiam da forma que quiserem) com quem vivera por mais de dezesseis anos. À época da morte, a família sequer quis comunicá-lo do ocorrido e não o convidou para o enterro, o que faz com que George entrasse num profundo estado de depressão. Passados oito meses, George constata que não consegue mais levar a vida adiante e decide preparar seu suicídio, mas os encontros e reencontros que tem com várias pessoas na véspera faz com que ele tenha um último contato com a vida.
Acho que só o enredo já dá um bom panorama do potencial depressivo de A Single Man. Não bastasse isso, a fotografia do filme é propositalmente cinzenta durante a maior parte do tempo, como parte de um interessante trabalho de cores feito em cima dos sentimentos do protagonista, variando entre os momentos cinzentos e os momentos coloridos.  Fora isso, as interpretações de Colin Firth e Julianne Moore são os únicos destaques num mar de personagens irritantes ou irrelevantes.
Como eu disse no início, o filme realmente é muito bom, mas é difícil sair alegre dele. Ainda mais por conta do final -o qual obviamente não vou revelar-, que ainda por cima me deixou puto. No mais, é isso que eu tenho pra comentar, pois já esqueci quase tudo nesses sete dias que separam a postagem da visualização do filme.

Nota: 7,0   

Um comentário:

  1. Quando vi o seu post sobre este filme decidi ler pra ver o que achou, pois bem...
    encontrei esse filme à alguns dias atrás no Netflix, e decidi assistir, e posso com toda a certeza dizer que não me prendeu, assisti até certo ponto, e depois parei, e acho que foi até pelo que disse, "não estava em um bom estado de espírito" e decidi ver uma comédia qualquer.
    Reparei também a mudança nas cores, de cinzento para cores mais vibrantes, era o momento em que ele encontrava vida, achei interessante.
    Mas, apesar de tudo, acho que vou assistir novamente, e até o fim, pra saber o que acontece, admito que fiquei curiosa.
    Ótimo trabalhoo Nerso, adorei! E vou passar a ler sempre teus comentários!

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