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terça-feira, 16 de abril de 2013

Filme nº 99: A Fonte da Vida

Quando assisti esse filme, há alguns dias, estava concluindo uma fase de escolhas meio estranhas e que nem sempre davam certo. Durante essa fase foi difícil sintonizar o filme com meu estado de espírito, o que pra mim é importante. A Fonte da Vida -bom nome em português para The Fountain- foi um filme que gerou 'mixed reviews' da minha parte. Se, por um lado, ele é abstrato e até um pouco monótono; por outro ele possui um enredo excelente e um desenrolar incrivelmente belo.

O final vale pelo filme todo
A Fonte da Vida conta três histórias paralelas que, apesar da grande distância temporal entre elas, estão intimamente conectadas. No ano de 2005, o cirurgião Tommy Creo (Hugh Jackman) está prestes a perder  sua esposa Izzy (Rachel Weisz) para uma grave doença. Enquanto ela já se encontra em paz com seu destino e implora pra que os dois aproveitem o tempo que lhes restam, Tommy se mantém focado na busca por uma cura. Durante seus dias finais, Izzy escreve um livro sobre um conquistador espanhol do século XVI chamado Tomás Creo (Van Helsing), o qual vai até o coração da civilização Maia em busca da Árvore da Vida para salvar seu reino da Inquisição. A última história se passa em 2500, quando o astronauta Tom Creo (Wolverine) viaja pelo espaço numa espécie de biosfera com a Árvore da Vida em busca de uma estrela Maia que está prestes a 'morrer'.
O filme realmente é muito bonito e seu roteiro é bastante original. Hugh Jackman deixa toda a memória do Wolverine de lado e faz uma atuação incrível, principalmente na pele do astronauta solitário. A fotografia por todo o filme é espetacular, mas o destaque vai para os quinze minutos finais do filme, que são absolutamente estonteantes aos olhos e à mente. Apesar do certo surrealismo e da não-linearidade com que as três histórias são mostradas, a estrutura não é difícil de compreender e a mensagem espiritual acerca da fragilidade e da infinitude da existência é bastante clara. 
Apesar de tudo, não foi fácil acompanhar o filme por conta de uma certa monotonia com os acontecimentos. Sim, dormi no filme, confesso. Mas enfim. Como amante da História, eu não poderia deixar de ser chato com a forma completamente irrealista com que a Espanha foi retratada no filme (pra começar que à época ainda não havia um reino da Espanha), sendo um reino exótico e dominado por uma sangrenta Inquisição religiosa, mais poderosa que a própria rainha. Os Maias, por sua vez, eu não sei dizer se foram retratados com alguma fidelidade (não sou familiarizado com a História deles), mas o figurino desse núcleo e a utilização das crenças Maias foram dois ótimos elementos do filme.

Minha escrita está piorando muito, eu sinto.

Nota: 8,5

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