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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Filme nº 100: O Retrato de Dorian Gray

E finalmente chego ao centésimo filme do ano! Quando comecei o primeiro filme, assim como quando comecei o primeiro post, eu não imaginaria que ia conseguir chegar longe (e continuo assim, acho que dificilmente chego aos 150, vamos pagar pra ver), e cá estou. Para ocupar o lugar nº 100 da minha lista, eu queria um filme mais significativo. Apesar dessa versão de 2009 não ser exatamente um grande clássico dos cinemas, ela é uma adaptação de um grande clássico da literatura que ainda não tive o prazer de ler. A estória, como eu já antecipava, me agradou muito; foi o filme em si que me surpreendeu. Por curtir cada detalhe, não poderia haver escolha melhor que essa para meu centésimo filme. Créditos à delefofa Maria Virgínia pela indicação.

He'll always look like that. You, Mr. Gray, I'm afraid will not.
O Retrato de Dorian Gray, aclamada obra de Oscar Wilde cujo enredo creio que todo mundo já deva conhecer ao menos por alto, conta a história de um jovem belo e ingênuo que acaba de chegar em Londres para receber os bens herdados pela família. Incluído quase automaticamente no alto círculo social londrino por sua beleza e recém adquirida riqueza, Dorian aos poucos é induzido pelo aristocrata Henry Wotton a adotar um estilo de vida dominado pela devassidão e intensidade, transformando-se num homem depravado, imoral, narcisista, perverso e violento sem no entanto sofrer qualquer consequência física e espiritual pelo seu estilo de vida, as quais, num pouco explicado pacto sobrenatural, são todas transferidas para seu retrato, que acaba representando sua alma cada vez mais podre.
Como mencionei, o filme realmente me agradou bastante. Os personagens são todos marcantes e muito bem interpretados. A fotografia, a trilha sonora, os cenários, o figurino e a retratação do espírito das épocas nas quais a estória se passa são todos produzidos de forma impecável. Essa adaptação ainda ousou inserir a segunda parte do enredo às vésperas da Primeira Guerra Mundial, o que, apesar de não conhecer o livro de Wilde, eu posso chutar que não consta na obra original (até porque Wilde morreu em 1900 e etc). O filme também não poupa o expectador da devassidão extrema que é a vida de Dorian Gray, o qual mergulha numa rotina de obsessão por orgias pansexuais (sim, ele beija rapazes, vários) e atos de violência.
Minhas únicas ressalvas vão para o papel confuso que Henry exerce dentro do filme, no qual há a impressão de que ele está diretamente ligado ao pacto que Dorian faz com o próprio retrato, mesmo que no fim do filme ele fique perplexo com a juventude de Dorian como todos os outros. Mas acho que isso pode ser resolvido com a leitura do livro, algo que pretendo fazer. Por último, e bem menos importante, os amores nascidos dentro do filme (bem poucos, eu sei), são todos bem repentinos e mal trabalhados, principalmente a paixão existente entre Dorian e Emily. 

Alcançada a meta inicial dos 100 filmes, cada post feito a partir desse já pode ser considerado uma vitória pra mim.

Nota: 10

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