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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Filme nº 91: O Ataque dos Vermes Malditos

Não é só de filmes cults e consagrados pela crítica que vive o entusiasta da sétima arte. Os filmes de fim de semana ou mesmo aqueles que não passam de uma desculpa pra encher a boca de pipoca, na minha opinião, podem valer seu tempo tanto quanto um Godard ou um Bergman (é claro, se for um BOM filme de fim de semana, visto que essa categoria obviamente não está livre dos filmes péssimos). O Ataque dos Vermes Malditos, nome bem mais emocionante que o original 'Tremors', é o típico filme de Cinema em Casa (sim, existe uma singela diferença entre os filmes de Sessão da Tarde e os de Cinema em Casa) que prova que o trash também ama.   

Uma das poucas imagens decentes dos 'Graboids' que encontrei
O enredo é simples: uma isolada vila no meio do deserto em Nevada começa a apresentar um estranho tipo de atividade sísmica, o que acaba atraindo uma estudante de geologia para monitorar os arredores. Enquanto isso, Val e Earl (Kevin Bacon e Fred Ward), uma inseparável dupla que presta todo tipo de serviço pelas redondezas, acabam se deparando com uma série de mortes inexplicáveis que deixam a pequena vila de Perfection em alerta. Mal sabem eles, no entanto, que os responsáveis por essas mortes são um grupo de vermes gigantes pré-históricos subterrâneos (risos) que estão à caminho de Perfection em busca de mais alimento.
O Ataque dos Vermes Malditos não chega a ser um filme de terror e tampouco cai na categoria de comédia trash escrachada. Eu diria que ele soube dosar ambos sem exageros, acrescentando ainda elementos de ação. Seus personagens, especialmente a dupla protagonista, possuem características marcantes e distintas que nos fazem torcer pela sobrevivência deles (algo que, ao menos comigo, não acontece com frequência, pois estou sempre na Team Monster). A criatura do filme, batizada de Graboid, se mostra um adversário respeitável, sendo mortalmente agressiva ao mesmo tempo em que é paciente e até mesmo esperta.
O filme acabou se consagrando, tornando-se uma franquia com outras três sequências (a praga do cinema pop) que talvez eu venha a assistir algum dia. É fácil entender o sucesso da ideia, visto que é realmente divertido dar um significado completamente novo àquela brincadeira de 'o chão é lava', ilhando os personagens em telhados e rochedos e transformando a terra firme numa zona mortal.

Cuidado onde pisa.

Nota: 8,0

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