.

.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Filme nº 87: The Royal Tenenbaums

Foi apenas esse ano que ouvi pela primeira vez na vida o nome de Wes Anderson pela boca do meu amigo Luiz Fernando. Não chega a ser surpreendente, visto que, agora que sei, passo a fazer parte de uma minoria. O que é uma pena. The Royal Tenenbaums não foi o primeiro filme de Wes Anderson que assisti esse ano e sem dúvida não será o último, mas a estreia desse diretor aqui no blog até que será emblemática (não tanto quanto seria com Moonrise Kingdom, visto dois dias antes de criar esse blog, mas segue sendo um ótimo exemplo do estilo dele).

You are invited to a remarkable family gathering
The Royal Tenenbaums (traduzido no Brasil como Os Excêntricos Tenenbaums, o que pode ser enganador) conta a peculiar história da família Tenenbaum, cuja principal característica no início era o caráter prodígio dos seus três filhos: Chas (Ben Stiller), um gênio precoce das finanças; Ritchie (Luke Wilson), um tenista talentoso; e Margot (Gwyneth Paltrow), dramaturga e filha adotiva. Quando o patriarca da família, Royal (Gene Hackman), se retira permanentemente da vida dos filhos após um divórcio não oficial com Etheline (Angelica Houston), cada um vai desenvolvendo seu próprio transtorno. Chas torna-se um pai super-protetor e paranoico após a morte de sua esposa num acidente aéreo, além de guardar um grande rancor do pai; Margot abandona o teatro e embarca numa série de fugas e casamentos impulsivos; e Ritchie acaba se encontrando apaixonado pela própria irmã. Ao descobrir que Etheline planeja se casar com Henry (Danny Glover), o contador da família, Royal inventa uma doença terminal como pretexto para reunir sua família despedaçada e tentar retomá-la para si.
Como todo filme de Wes Anderson, The Royal Tenenbaums possui fotografia e trilha sonora bem característicos, além de uma série de idiossincrasias absurdas como os hamsters dálmatas e a Companhia de Taxis Ciganos. O elenco também é um ponte fortíssimo do filme, como já deu pra ver nos personagens citados. Também é válido mencionar as participações de Bill Murray como o neurologista Raleigh, atual marido de Margot (porém trinta anos mais velho), e de Owen Wilson como Eli Cash, o vizinho e amigo da família que torna-se um escritor com boas vendas porém muito sensível à crítica.
The Royal Tenenbaums tem tudo pra virar um filme de estimação, principalmente o fato de ter inspirado um dos meus seriados favoritos: Arrested Development. Mas ele tem seus problemas. A começar, a grande quantidade de personagens e de bons atores não permitiu que eles se desenvolvessem adequadamente, ficando cada um com uma trajetória bem reduzida e limitada. Muito por conta disso, eu fiquei com a impressão de que o filme não ia pra lugar nenhum, sendo só uma alegoria de personagens excêntricos e com um grande potencial a ser explorado.

Pra quem não é familiarizado com Wes Anderson, esse filme, junto com Moonrise Kingdom, é uma boa forma de começar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário