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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Filme nº 155: Apollo 18

Um leitor mais atento provavelmente notará que aos poucos os filmes de terror tem ficado mais frequentes na minha lista. Bom, acho que em algum momento desse ano eu rompi meu tradicional receio (medinho) e preconceito (medinho de novo) com esse estilo, e um mergulho em meia dúzia de filmes que assisti de lá pra cá me fez ver que no fundo eu era um fã encubado do gênero (especialmente pela curta duração da maioria dos filmes). Como dizia Hitchcock: "eu acho que todo mundo aprecia um bom assassinato, desde que não seja a vítima". Pena que esse filme não é lá essas coisas.

There's a reason we've never gone back to the Moon.
Apollo 18 é basicamente uma coletânea de filmagens divulgadas por algum tipo de conspiração que denuncia a até então desconhecida existência de uma última missão tripulada à Lua em 1972, além de mostrar os reais motivos para o homem jamais ter voltado a pisar lá. Nessa missão, três astronautas são enviados secretamente à Lua por razões que não lhe são reveladas. Aos poucos eles acabam descobrindo que muito possivelmente não se encontram sozinhos em solo lunar. 
Apesar da intensão em ter suas filmagens no estilo 'founded footage', o formato do filme lembra mais um documentário, já que as imagens não são cruas e nem corridas, mas sim constantemente editadas. Claro que existe a desculpa de que seja lá quem divulgou tudo isso foi quem editou, mas o enredo perde muito em naturalidade. Essas mesmas filmagens, por outro lado, exercem um papel fundamental na construção do clima de terror e suspense do filme através de ruídos de estática e interferência. Pena que o áudio das falas não corrobora a razoavelmente boa edição de vídeo feita para fazer com que as filmagens pareçam pertencer à época. 
Outro aspecto que poderia ser bem melhor com relativamente pouco esforço são os personagens. Apesar da falta de personalidade não se resolver assim tão facilmente, poderia ter havido algum esforcinho para fazer com que eles realmente parecessem viver nos anos 70. Mas não, todos são bem genéricos no visual e na personalidade, não esquecendo jamais de cometer suas doses de burrice pra que não esqueçamos que, afinal de contas, é um filme de terror. 
No mais, o filme tem seu estoque de ideias interessantes apesar do desfecho decepcionante. Não vou comentar nem um nem outro pra guardar as surpresas pra quem se interessar, mas acho que dá pra ao menos mencionar o site lunartruth.com, que funciona como uma espécie de teaser para o filme, além de servir de explicação para toda a conspiração. Ainda não li, quem sabe um dia (qual a chance).

Nota: 6,5

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