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sábado, 1 de junho de 2013

Filme nº 135: The Fall

Sábado à noite sem dúvida é o momento perfeito pra falar sobre filmes de arte, não é? Eu realmente não sei se é adequado caracterizar The Fall dessa forma, visto que por filme de arte as pessoas normalmente entendem um filme chato de quatro horas onde não se entende nada porque, afinal de contas, era profundo demais. The Fall está longe disso. Mas assistir o filme e não considerá-lo uma legítima obra de arte no sentido estético-visual da expressão é algo impossível.

And then they swore that they would be responsible for Governor Odious's death.
O enredo de The Fall se passa num hospital de Los Angeles na década de 1920, onde Alexandria, uma garotinha de nacionalidade não mencionada (provavelmente romena, como a atriz), se recupera de um braço quebrado. Curiosa e hiperativa, Alexandria acidentalmente conhece Roy Walker, um dublê de cinema que corre o risco de ficar paralítico após uma tentativa de suicídio. Interessado tanto em companhia como em conseguir alguns medicamentos através de Alexandria, Walker começa a inventar uma épica história na qual cinco heróis travam uma longa e árdua jornada pelo mundo para lutar contra a tirania de um governante cruel. São eles: um bandido mascarado espanhol (depois transformado em francês), um italiano especialista em explosivos, um ex-escravo, um nobre indiano e Charles Darwin (?!). Sendo uma história de improviso, seu enredo é bem solto e sujeito à mudanças conforme o desejo do narrador ou da própria Alexandria.
O aspecto mais incrível do filme são seus cenários exuberantes, seja em belas paisagens naturais ou em suntuosos palácios de todos os estilos, para os quais o filme contou com filmagens em mais de vinte países. Aliados à beleza dos cenários estão o figurino peculiar, a incrível trilha sonora e um excelente trabalho de direção que faz com que cada cena do filme seja uma verdadeira obra de arte. Por fim, os personagens tanto do conto quanto do mundo real são muito bem construídos, os primeiros sendo bem distintos e cheios de idiossincrasias, enquanto os segundos são bastante humanos e autênticos, com destaque à Alexandria, que, em vez de ser um prodiginho chato, age como criança e faz coisas de criança.
Da equação longo-chato-confuso dos tais filmes de arte, The Fall, na minha opinião, escapa dos três. Primeiro que o filme nem chega a ter duas horas, enquanto que o desenrolar do seu enredo não é nenhum mistério, sendo até bastante simples. Por fim, apesar de não ser das mais agitadas, a história é perfeitamente capaz de provocar risos e lágrimas ao mesmo tempo, rendendo ao final uma satisfação que dificilmente eu teria se sentisse que o filme fora uma perda de tempo.   

Nota: 9,5

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