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domingo, 9 de junho de 2013

Filme nº 145: Dr. Strangelove

Pulando mais dois filmes, The Man From Earth (2007) e o bósnio/esloveno No Man's Land (2001); chego ao incrível Dr. Strangelove (or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb), comédia de Stanley Kubrick lançada em 1964. Eu já havia assistido esse filme durante o ensino médio e achei que havia entendido tudo. Revendo agora, me dei conta de que haviam milhares de detalhes que eu não havia notado ou entendido, me fazendo amar ainda mais esse filme.   

What about Major Kong??
Sr. Strangelove narra as horas de tensão nuclear resultantes das ações de um fanático general americano que ordena o bombardeio da União Soviética à uma imensa frota de B-52s que não podem ser chamados de volta sem que lhes seja dada a combinação certa de caracteres. Desesperados e impotentes, os membros da cúpula militar e política dos Estados Unidos são chamados à icônica sala de guerra para tentar encontrar uma solução rápida para esse grave problema. Ao entrarem em contato com o embaixador soviético e em seguida o premiê da URSS, eles descobrem que um ataque aos russos ativaria uma máquina do Apocalipse capaz de acabar com a vida na Terra. E assim começa um desesperado e atrapalhado esforço de cooperação entre os desconfiados e anticomunistas generais americanos e os bêbados e oportunistas soviéticos. Dentre os americanos está o excêntrico e ex-nazista Dr. Strangelove, assessor do presidente em assuntos científicos que possui uma visão extremamente prática de mundo, além de ter dificuldade em abandonar o hábito de se referir ao seu superior como 'Mein Führer'.
Quando assisti pela primeira vez, eu realmente não havia prestado atenção em todos os interessantes detalhes militares que são dados ao longo do filme, além do texto muito bem escrito e articulado. Também não havia dado crédito à toda a ironia e humor negro contido ao longo do enredo e nem ao excelente trabalho de direção de Kubrick, que traz elementos cinematográficos que eu francamente sinto muita falta nos filmes de hoje, como o clássico close repentino de câmera.
Por fim, temos a eterna cena do Major Kong cavalgando a bomba nuclear, que eu devo ter assistido pelo menos umas dez vezes. Esse personagem, por sinal, teria sido o melhor do filme, não estivesse ele no mesmo elenco que Peter Sellers, o qual interpreta simultaneamente o Dr. Strangelove, o Presidente Merkin Muffley e o Capitão Mandrake de forma tão brilhante que um expectador desatento mal notaria a semelhança entre os três personagens (tal como eu não notei da primeira vez).

Nota: 10

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