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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Filme nº 208: Se7en

Aqui estava eu olhando pro blog e pensando 'porra, olha o tanto de filme que foi ficando pra trás e eu fui perdendo o ânimo pra comentar', ao mesmo tempo em que assistia alguns que me deixavam agitado para o bem ou para o mal mas que teriam que esperar no fim da fila. Foi aí que me dei conta do seguinte: o blog é meu e eu faço o que eu quiser. E por essa razão estou decidindo escrever o post desse filme que terminei de ver há apenas alguns minutos e que me deixou bastante agitado. Infelizmente, para o mal.  

"The world is a fine place and worth fighting for" I agree with the second part.
Tão simples como pode parecer, Seven (ou Se7en) narra a história de uma improvável dupla de detetives que encontram-se diante de uma série de assassinatos baseados nos sete pecados capitais. E, bom, é isso, não consigo pensar em nada mais para falar sobre o enredo no geral. O enredo realmente não é excepcional, e tampouco sua estrutura: temos o tradicional (pra não dizer clichê) formato de personagens para filmes do gênero, composto por um detetive mais racional e experiente + detetive novato e esquentadinho, os quais terão de lidar com um antagonista perigoso e metódico que nunca deixa pistas não-intencionais pois ele planejou tudo a níveis moleculares because he's so fucking smart. 
Já que não dá pra comentar muita coisa sem revelar detalhes importantes do filme (seguindo minha política de não dar spoilers), me centrarei em traços do enredo que mais me chamaram a atenção. O primeiro deles é a construção da amizade entre o detetive Mills (Brad Pitt) e o detetive Somerset (Morgan Freeman), que não teria nada de mais não fosse o clima de antagonismo entre os dois detetives no início do filme, o qual não chegou a ser resolvido de forma muito convincente. Daí temos que nos primeiros minutos os dois se odeiam, daí começam a trabalhar juntos e poucos dias depois já são como melhores amigos.
Outro ponto que me incomodou bastante foi a forma como os assassinatos foram executados: na maioria das investigações revela-se que as vítimas foram forçadas a cometer horríveis e dolorosos atos de auto-imolação que eventualmente as matariam sob a ameaça de... levar um tiro. Fica realmente difícil pra mim compreender tal coisa visto que a sanção por não cumprir a 'tarefa' soa muito mais aceitável e digna do que a 'tarefa' a ser cumprida. Enquanto que em Jogos Mortais pelo menos havia a oportunidade de sair vivo, em Seven fica meio claro que era morrer ou morrer. E aparentemente todos escolheram a pior forma possível. No mais, também achei que esses mesmos assassinatos passaram, em sua maioria, muito rapidamente pelo filme.
Por fim, temos o final, que muita gente dizia ser genial. Eu confesso que pra mim ele pareceu bem previsível, dados os pecados que ainda faltavam ser representados e os personagens que ainda serviam como opções para o assassino. Tracei três hipóteses, e a que revelou-se verdadeira estava entre elas. Das duas, uma: ou eu sou muito esperto ou o enredo de fato foi previsível, e olha que tenho muita convicção na minha falta de esperteza.
Depois de tudo isso fica fácil supor que achei Seven um filme superestimado. De fato achei que o enredo carregava em si algo de senso comum, tanto na premissa (sete pecados capitais, uau) quanto na execução da grande 'obra prima' dos assassinatos. Na minha opinião, simplesmente não é preciso ser nenhum gênio pra conceber esse enredo e tampouco seu desfecho. Por fim (e pra não perder o costume), meu breve comentário sobre os aspectos mais técnicos do filme: o trabalho de direção constrói um filme escuro, chuvoso e cinzento; claramente pensado para ser esteticamente feio, sujo e sombrio (ainda que o final tenha se passado num campo aberto em meio a um belo por-do-sol). E nisso foram muito bem sucedidos, pois Seven não é um filme nada bonito. 

Nota: 7,0

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